A situação da gestão de Edmilson Rodrigues (PSOL) em Belém é caótica e alarmante. Na manhã desta terça-feira (26), os servidores da Prefeitura de Belém deram início a uma greve geral, que desencadeou um protesto em frente à Secretaria Municipal de Administração (Semad), localizada na avenida Almirante Barroso. O movimento, que conta com o apoio de cerca de 25 mil funcionários, abrange diversos setores da administração pública, incluindo educação, saúde, administração, meio ambiente, economia, segurança e assistência social.
No protesto de hoje, os manifestantes bloquearam duas faixas da via, ocasionando congestionamento de trânsito.
As demandas dos servidores são claras: exigem do prefeito Edmilson Rodrigues medidas que visem a melhoria das condições salariais e de trabalho. Entre as reivindicações, estão o pagamento de um salário mínimo corrigido para o valor atual no vencimento base, pois hoje o valor é hoje fixado em R$ 1007,00; o cumprimento do piso salarial nacional dos professores e o estabelecimento do piso salarial da enfermagem, ambos de acordo com a legislação federal.
Além disso, os servidores solicitam o reajuste do vale alimentação dos atuais R$ 370,00 para R$ 600,00, baseado no valor mínimo de uma cesta básica calculado pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
A Professora Silvia Letícia, coordenadora geral do Sintepp Belém, membro do Fórum de Entidades do Funcionalismo Público e vereadora pelo PSOL, partido do prefeito, expressou a indignação da categoria:
“Nossa categoria do funcionalismo municipal está 4 anos passando por um brutal arrocho salarial. E a proposta da prefeitura de R$ 37 reais de reajuste é uma afronta, compra somente 1 cuba de 30 ovos, ou seja, nosso reajuste será de 1 ovo por dia. Sequer propuseram reajuste no vale alimentação, a situação das escolas está precária, falta insumos nos pronto socorros e unidades básicas de saúde, por isso o funcionalismo votou por fazer greve”, afirmou a Professora.
O movimento ganha força com a adesão de servidores de diferentes setores, incluindo educação, saúde, administração, meio ambiente, economia, segurança e assistência social. Entre os órgãos afetados estão a SEMEC (Secretaria Municipal de Educação), SESMA (Secretaria Municipal de Saúde), SEMAD (Secretaria Municipal de Administração), SEMMA (Secretaria Municipal de Meio Ambiente), FUNBOSQUE, SECON (Secretaria Municipal de Economia), Agentes Comunitários de Saúde (ACS), Agentes de Combate às Endemias (ACE), Guarda Municipal, SEMOB (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana), Prontos Socorros do Guamá e da 14 de Março, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), SESAN (Secretaria Municipal de Saneamento) e FUNPAPA (Fundação Papa João XXIII – Assistência Social).
Diante da mobilização dos servidores, a prefeitura de Belém terá que negociar e buscar soluções para atender às demandas apresentadas, buscando uma resolução que seja satisfatória para ambas as partes e que assegure condições dignas de trabalho aos funcionários municipais. A população será afetada pela paralisação, tornando-se parte interessada no desfecho dessa situação.