Essa história da nova sede da Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA) já virou quase que uma novela mexicana, muito mal contada por sinal. Até dinheiro para construção da nova sede “sumiu” e muitos milhões mau usados para reformas fajutas. O legado de abandono e péssimas condições estruturais na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) deixado pelas gestões do deputado estadual Márcio Miranda (DEM), ex-presidente da Casa, é notório quando visitamos o prédio do poder legislativo. Nessa temporada de chuvas então é um sufoco para quem lá trabalha, forros desabam e goteiras por todo canto. Essa situação de descaso com a Casa do Legislativo paraense não é recente.
Diversas denúncias já foram feitas sobre o abandono do prédio da Alepa: escadas quebradas, tetos sem forro, caixas d’águas internas à mostra, paredes estouradas e com mofo, instalações hidráulicas e de ar-condicionado precárias, corredores sem iluminação e fiação elétrica exposta são algumas das situações relatadas. Diante da situação de abandono do prédio da Alepa, um grave questionamento fica até hoje sem resposta: para onde foi destinado o montante de mais de R$ 20 milhões que deveria ter sido usado para a construção da nova sede do Legislativo, na avenida Júlio César, e para as reformas no prédio ainda ocupado pelos deputados, na Cidade Velha.
Agora é saber, sobre o novo Presidente da Alepa, Dr. Daniel Santos, qual medidas serão tomadas? Sabemos que cortes e equilíbrio de gastos são fundamentais para manter o parlamento. Mas devemos compreender a situação desumana que trabalhadores vivenciam na casa. Sabemos que com relação à construção da nova sede, nada menos que quase R$ 11 milhões já foram distribuídos para três empresas, mas nem um tijolo sequer foi colocado no terreno. O local, que fica ao lado do Comando Geral do Corpo de Bombeiros, no bairro de Val-de-Cans, está coberto por mato.