O prefeito de Belém Zenaldo Coutinho acaba de emplacar na Câmara Municipal a aprovação da Lei 9.776, transformando a Amae (Agência Reguladora Municipal de Água e Esgoto) em Arbel (Agência Reguladora Municipal de Belém) e criando um lote de novos cargos comissionados, duplicando o tamanho da equipe da agência extinta, com estrutura paralela mais robusta do que a Secretaria Municipal de Coordenação Geral do Planejamento e Gestão. A lei aprovada estabelece que haverá um colegiada de três diretores, nomeados a canetadas pelo tucano e submetidos à aprovação (certa) da maioria submissa da Câmara de Belém.
O lado mais escabroso da jogada está na inspiração politiqueira de um órgão que tem estrutura, a nível nacional, eminentemente técnica. A arguição dos três diretores da Arbel acontece hoje, 27, evidenciando a pressa de Zenaldo em aboletar seus apaniguados e garante influência política sobre a agência, mesmo após sair da Prefeitura de Belém em dezembro. Mais triste ainda é a postura de vereadores que aprovaram sem ler a lei Arbel, atendendo os caprichos do Prefeito. O regime especial conferido a nova agência “é caracterizado pela ausência de subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira”.
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