Zenaldo entra na Justiça para impedir que população seja atendida no Hospital Abelardo Santos.

O prefeito Zenaldo Coutinho reapareceu nesta quinta-feira (30) com uma ideia que pode colapsar de vez o sistema de saúde em Belém. Em um pedido urgente de tutela, a Prefeitura de Belém tenta impedir, através da Procuradoria Geral do Município, que o Hospital Abelardo Santos funcione como Pronto Socorro, o que ocorrerá a partir de 14h.

Zenaldo, que sem tomar providência positiva alguma para combater o coronavírus na capital paraense, já fechou os PSMs da 14 de Março e do Guamá, além de grande parte das UPAs, agora tenta a medida sem o menor senso e respeito com a população que precisa de atendimento.

A decisão de Zenaldo, certamente com fins políticos, afirma ainda que isto tiraria o poder de controle da Prefeitura, mesmo que o sistema de saúde municipal não possua mais nenhuma unidade disponível para atendimento dos casos de Covid-19.

Veja o que diz o pedido insano do prefeito:

Zenaldo recebeu milhões do Governo Federal e deixou a saúde de Belém entrar em colapso.

O sistema de saúde do Município de Belém está em colapso.  A situação foi reconhecida pela própria Prefeitura ontem (20), através de nota divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), em que afirma que não possui mais leitos de UTI para atender pacientes com Covid-19 nas unidades de pronto atendimento. De acordo com a Sesma, o município possui 125 leitos de UTI e 1.118 de enfermaria, além de 90 leitos de observação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Como também o fechamento de alguns desses hospitais públicos.

Durante a semana passada, profissionais de saúde do PSM da 14 e as Unidades de Pronto Atendimento do Guamá e da Terra Firme tiveram que paralisar as atividades por falta de material básico para atendimento a pacientes com Covid-19.

Em meio a crise, o prefeito Zenaldo Coutinho tem sido bastante criticado pela inoperância. Além dos recursos próprios, a capital recebeu do Governo Federal um repasse de mais de R$ 30 milhões, destinados a luta contra a expansão do vírus. No entanto, a realidade para quem precisa do serviço de saúde municipal é de desespero.

Os repasses foram feitos assim que o Ministério da Saúde liberou cerca de R$3 bilhões para os estados brasileiros. Além disso, a prefeitura recebeu aproximadamente R$ 24 milhões da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), da Sespa. A demora nos investimentos para atender uma demanda cada vez maior de pacientes tem revoltado a população.