O Grupo Liberal convidou as duas chapas que concorrem à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil- Seção Pará (OAB/PA). Promoveu duas reuniões para acertar as regras. Confirmou data e horário. Mas, no último minuto, o candidato da situação Eduardo Imbiriba não deu as caras nem mandou representante. Resultado: o debate foi cancelado. Do que Imbiriba tem medo? O que Imbiriba esconde?
O advogado Eduardo Imbiriba, líder da chapa 10 “OAB sempre à frente”, está tentando assumir a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará (OAB/PA) nas eleições de 2021, que serão realizadas no dia 18 de novembro. Imbiriba é uma figura conhecida na OAB e criou um projeto de poder dentro da instituição para se manter fixo e passando por diversos cargos.
O advogado ocupa cargos na OAB há mais de 10 anos. De 2010 a 2015 foi tesoureiro de Jarbas Vasconcelos; de 2016 a 2018 mudou para o cargo de Secretário Geral Adjunto; e por último, foi Secretário Geral e Procurador de Prerrogativas de 2019 a 2021.
Em sua atuação, é notável que Eduardo Imbiriba vem se utilizando da OAB há anos como uma forma de perpetuação de seu poder, tornando a instituição o seu verdadeiro “plano de carreira”.
É importante lembrar que Eduardo Imbiriba é conhecido por ter participações lamentáveis em julgamentos importantes realizados no Pará. Trabalhando para o escritório de Américo Leal, ele atuou na defesa de madeireiros que assassinaram a ativista americana Dorothy Stang, em fevereiro de 2005.
Dorothy era uma ativista conhecida por defender, junto com representantes de sindicatos rurais e da Pastoral da Terra, melhores condições de vida e de trabalho para a população da região de Anapu, Oeste do Pará.
Os executores do crime, Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo Carlos Batista, foram defendidos por Eduardo Imbiriba, que foi contratado pelo mandante do crime, o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, conhecido como “Bida”.
No entanto, durante o decorrer do julgamento do caso Doroty Stang, Eduardo Imbira foi dispensado pelos réus que defendia, pois foi acusado de estar a serviço dos interesses mandante do assassinato, solicitando que o acusado Rayfran assumisse culpa total pelo crime, eximindo qualquer participação de Bida.
Faltando um dia para o julgamento final, Eduardo Imbiriba e Américo Leal foram trocados por uma defensora pública, que convenceu os réus a falarem a verdade, revelando a participação do mandante do assassinato.