A Câmara Municipal de Colares aprovou a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar uma possível fraude no Decreto nº 058, de 2 de abril de 2024, emitido pela prefeita Maria Lucimar. O documento afirmava que as áreas mais atingidas pelas chuvas, como as Orlas Humaitá e Terra Amarela, haviam sido severamente danificadas, com 24 desabrigados e 2.695 desalojados. No entanto, as vistorias desmentiram esses números, gerando suspeitas de que o decreto teria sido utilizado para justificar a dispensa de licitação e contratar emergencialmente serviços que não seriam necessários.
A CPI terá como foco apurar se houve manipulação de dados para beneficiar interesses políticos e econômicos, o que pode configurar um grave desvio de conduta por parte da gestão municipal.
Apesar da relevância das denúncias e da necessidade de transparência, alguns vereadores votaram contra a abertura da investigação, gerando indignação na população e levantando questionamentos sobre o compromisso desses parlamentares com o interesse público.
Veja como foi a votação:
- Marcos Jorge – Contra
- Daniel Lobo – Favorável
- Wladimir – Contra
- Robson – Favorável
- Alcinara – Favorável
- Júnior – Favorável
- Fabinho – Contra
- Nildo – Absteve
- Vanize – Favorável
A postura dos vereadores que votaram contra a CPI evidencia uma resistência em fiscalizar possíveis irregularidades da atual gestão, que já enfrenta críticas pela falta de transparência e pela ineficiência administrativa. A população de Colares agora cobra explicações e pede maior comprometimento dos parlamentares com a investigação de um caso que pode envolver fraudes e má gestão de recursos públicos.
Os vereadores que apoiaram a abertura da CPI destacaram a importância de esclarecer os fatos e garantir que a verdade seja revelada. A investigação da CPI será fundamental para apurar se houve uso indevido do decreto e para garantir que a gestão pública seja realizada de forma ética e responsável.