Também no quarto mandato, Zeca Pirão foi presidente da Câmara de Belém logo quando foi eleito pela primeira vez para o cargo, em 2012, e agora retorna ao posto. Ele diz que, de uma presidência para outra, não mudam as funções dos atores. “O problema é que muitos não sabem sequer a função de um vereador. Vamos continuar abrindo a casa para o povo, criando projetos e fiscalizando o Executivo. Essa é a rotina e tudo será feito com responsabilidade”, garante.
Ciente de que assume o parlamento de uma cidade com muitos problemas, Zeca Pirão diz que sempre prevalecerão, independente das dificuldades, as necessidade e condições jurídicas de cada proposta feita pelos vereadores. “Cada um aqui foi eleito para dar um retorno ao povo. Alcançamos algo muito grandioso, ainda no dia 1º de janeiro, que foi contar com os 35 vereadores na aprovação do Bora Belém (projeto de transferência de renda emergencial). Isso foi um fato histórico nos últimos anos. Na rotina, pretendo oferecer aos colegas a oportunidade de mudarmos as seções para o período da tarde. Penso ser um período mais proveitoso”, comenta.
A CMB sofreu muitas críticas nos últimos anos por parte da oposição dando conta de que uma espécie de conluio entre o ex-presidente Mauro Freitas, ainda vereador pelo PSDB, e o ex-prefeito Zenaldo Coutinho, da mesma sigla, deixou o Poder Legislativo Municipal invisibilizado e sem iniciativa. Zeca segue a linha de pensamento de Chicão na Alepa de pregar união de todos os poderes quando e se o assunto for o melhor para as pessoas. “Na política existe o respeito e a boa convivência, mas o que tem que preponderar é exatamente o que é certo. Eu presido a casa, mas a casa é feita e as decisões são tomadas por todos os vereadores. Aqui vamos servir o prefeito sim, o governador, mas nas questões que forem boas para a cidade. O maior exemplo de governar juntos é o Bora Belém, com parceria entre Governo e Prefeitura e o anúncio de mais um pronto-socorro em Belém, também em parceria, e que torço para que seja um centro de diagnóstico, uma luta antiga do meu mandato”, exemplifica.
As expectativas para a condução da presidência da casa vêm com a plena compreensão de que há muito trabalho pela frente. “Só espero que não cobrem em quatro anos o que não foi feito em mais de 20. Mas alguém precisa começar, e que seja o prefeito, claro, com meus companheiros de mandato. Travar melhorias por ideologia política, por birra, faz parte da velha política. Isso não cabe mais”. As condições do retorno na CMB, se presencial, semipresencial ou totalmente on-line, estão sendo analisadas pela mesa executiva.
Por Carol Menezes