Nesta última semana em Salinópolis, equipes do Ideflor-Bio reforçam orientações a banhistas e motoristas, enquanto agentes da segurança pública garantem o cumprimento das medidas de proteção ambiental na Praia do Atalaia. A ação faz parte da Operação Verão 2025 e busca preservar a biodiversidade da região, especialmente durante o período de reprodução das tartarugas marinhas.
A operação é coordenada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio) e tem como foco principal a área conhecida como Ponta da Sofia, dentro do Monumento Natural do Atalaia — uma unidade de conservação que abriga ninhos de tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea), espécie ameaçada de extinção. A operação contou com a presença do Presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto e da Assessora de Gestão, Lena Pinto.
Bloqueio de veículos e ações educativas
Para proteger os ninhos e evitar acidentes, foi instalada uma barreira física no 3º atalho de acesso à praia, impedindo a circulação de veículos sobre a areia. Técnicos do Ideflor-Bio, junto com policiais do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), monitoram o local diariamente, garantindo o respeito às normas ambientais.
Ao lado da barreira, um estande de educação ambiental oferece atividades para crianças, famílias e turistas. São distribuídas cartilhas, realizadas rodas de conversa e ações lúdicas que ensinam sobre a importância da preservação marinha.
O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto e Lena Pinto, participaram pessoalmente da ação no último fim de semana
“Nosso objetivo é garantir que as praias permaneçam seguras para as tartarugas, especialmente nesse momento tão importante do ciclo reprodutivo. Preservar também é educar, e essa combinação tem sido muito positiva”, declarou.
Além das ações de fiscalização e educação, o Ideflor-Bio também prestou apoio direto à soltura de 70 filhotes de tartaruga-oliva, realizada no último dia 8, na mesma faixa de areia. A atividade é parte do Projeto de Monitoramento de Desovas de Tartarugas Marinhas (PMDTM), conduzido pela ARVUT e pelo Instituto Bicho D’Água, com apoio logístico e institucional do Ideflor-Bio.

A soltura foi coordenada pela bióloga Josie Figueiredo, que atua no projeto na região:
“Esses filhotes precisam chegar ao mar logo após o nascimento, e isso exige preparo técnico e estrutura. A atuação do Ideflor foi essencial para garantir que tudo ocorresse com segurança, tanto para os animais quanto para o público que acompanhava”, explicou Josie.

A presença dos filhotes emocionou turistas e moradores que estavam na praia. Muitos acompanharam o trajeto dos pequenos animais até o mar com atenção e respeito, em um dos momentos mais simbólicos da temporada.

A união entre fiscalização, educação e apoio técnico reforça a missão do Ideflor-Bio de proteger os ecossistemas costeiros do Pará. Segundo Nilson Pinto, a cooperação com entidades parceiras é fundamental:
“É gratificante ver que o trabalho conjunto gera resultados concretos. A soltura dos filhotes foi um exemplo claro disso: uma ação que emociona e, ao mesmo tempo, educa”, afirmou.