A gestão de Zenaldo, sem sombra de dúvida ultrapassa todos os limites quando se fala em improdutividade. Hoje tido como uma das gestões mais rejeitadas perante a opinião pública, ultrapassando os índices do governo passado de Duciomar Costa, que já foi até condenado a prisão. A situação de Belém é triste e lamentável, parece que ai decorrer desse tempo de governos, não se ver nossa capital evoluir, vemos milhões serem gastos com propaganda e marketing nos veículos de comunicação da Prefeitura, mas que na prática, a realidade é outra. Não precisa ir à periferia para perceber que os trabalhos de tapa-buraco e o asfalto ainda não chegaram por lá.
A situação é visível que o problema da buraqueira está presente nas principais vias da cidade, onde o fluxo é intenso, causando trans-tornos a motoristas, pedestres e ciclistas. Uma delas é a avenida Augusto Montenegro, que recebeu nos últimos anos as obras do BRT e até hoje é impactada pelos trabalhos que ainda não foram concluídos.
Inegavelmente a gestão de Zenaldo em Belém é desastrosa. Tanto que esse foi o principal argumento do então governador Jatene para não alçá-lo à disputa estadual, tamanho era o seu desgaste. Sendo assim, tornou-se uma “presa” fácil aos adversários, sobretudo aos que dominam os principais veículos de comunicação.
A situação dele é tão crítica, que quem ele pensar em lançar como seu sucessor correrá grande risco eleitoral. Sabemos que os tucanos já estão se rendendo ao atual governador, que até tempos atrás tinham como “adversário” político. Ao tucano isolado que governa Belém restará se aliar aos Barbalho para tentar sobreviver politicamente? Não, Zenaldo é egoísta e prepotente, sua opinião é a que vale sempre, mesmo ele já estando no fundo do poço politicamente. Helder sabe disso e deverá vim como um “trator” para fazer vencer o seu escolhido para disputar o Palácio Antônio Lemos, uma de suas prioridades, em 2020.
Os tucanos e aliados governam Belém, desde 2005, duas gestões de Duciomar Costa e mais duas que chega ao fim ano que vem de Zenaldo. Nas duas últimas eleições, a disputa ficou entre o PSDB e o PSOL que aglutinou o campo mais à Esquerda, em torno de Edmilson Rodrigues. Nas duas, os tucanos levaram a melhor. O MDB aparecia como uma terceira força, mas sem apresentar reais possibilidades de vitória em Belém.
Agora o cenário é diferente, e por vários fatores: primeiro está relacionado ao alto nível de rejeição que o prefeito Zenaldo ostenta. Como falei, é considerado o pior gestor que passou por Belém nas últimas décadas. O segundo ponto está associado ao MDB, hoje, o partido mais poderoso do Pará. Possui o maior número de prefeituras (42) e detém a máquina estadual e deverá aumentar consideravelmente a sua musculatura eleitoral nas disputas municipais. Os maiores colégios eleitorais do Pará estão na mira do governador, pois esse cenário municipal de supremacia medebista poderá tornar muito mais fácil para a reeleição de Helder, em 2022.
Enfim, é notório o isolamento e a chegada de um fim político melancólico para ele. sem exagero, já havia ali uma análise sobre o que poderia acontecer futuramente com Coutinho na esfera política. Zenaldo deixou a comodidade de Brasília e cinco mandatos de deputado federal, e teria tranquilamente outros futuros na capital federal, para ser candidato a prefeito de Belém. A estratégia era clara: fazer um bom primeiro mandato, conquistar a reeleição e depois suceder Simão Jatene no governo do Estado. Porém, ninguém poderia imaginar péssimo nível de gestão que Coutinho iria promover na PMB. Como sabemos que Zenaldo sempre foi um bom viajante, como lugares de melhores requintes, e sabendo o desinteresse até de sua esposa em morar na capital, já se prepara para morar na tão sonhada Espanha, lugar esse que tanto já frequenta. Enquanto isso, deixará seu grupo e aliados no fogo do cenário político eleitoral em Belém.