Trabalho, investimentos, reconhecimento, valorização de estudantes e servidores, busca ativa, reforço escolar. Essas são algumas das dezenas de ações que alavancaram o Pará de um dos últimos lugares no ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para um desempenho histórico no Governo Helder Barbalho.
A notícia foi divulgada nesta quarta-feira (14), pelo Ministério da Educação, em Brasília. Na avaliação dos estudantes do Ensino Médio, matriculados nas 1ª, 2ª e 3ª séries, com idade a partir de 15 anos, o salto positivo elevou o Estado para a sexta posição, tirando da penúltima colocação, que foi de 26º em 2021. O percentual atual foi de 4,3 na mostra divulgada sobre o Ensino Médio, que é de responsabilidade exclusiva do Estado.
“Crescemos 1,3 pontos no Ideb entre as edições de 2021 e 2023, o que configura o maior crescimento na história do Ideb, na etapa do Ensino Médio. Assim, o Pará passa a ser a 6ª melhor educação pública do Brasil. Nós, que ocupávamos a 26ª colocação, temos, portanto, agora, o maior crescimento da história, nós estamos entre os melhores, sabendo que isto é fruto do trabalho extraordinário feito por milhares de pessoas, profissionais da educação, professores e professoras, da comunidade escolar, do envolvimento das famílias, de cada aluno e aluna, mas isto deve nos motivar a trabalhar cada vez mais e ao mesmo tempo ter a capacidade de entender onde ainda precisa investir para continuar a ter este melhoramento, no que diz respeito à rede estadual, escola por escola, na rede municipal, cidade por cidade, podendo cobrar o dever de cada município, para que as escolas municipais também possam responder e ter a certeza de que o passado em que o Pará estava em último, jamais deve voltar. Nós temos que ter a capacidade de construir cada vez mais esse novo tempo em que a educação pública do Pará é uma referência para o Brasil”, enfatizou o governador do Estado, Helder Barbalho.
O chefe do Executivo Estadual também ressaltou sobre o trabalho coletivo em prol da educação. “Graças a todos, hoje certamente é um dos dias mais marcantes dos seis anos que eu estou como governador. Queria muito agradecer a Deus por tudo que tem nos permitido viver juntos. Agradecer a Deus por esse momento muito especial, esse dia histórico para a educação pública do nosso Estado. Quero agradecer a todos, porque este é um resultado fruto de um esforço coletivo, fruto de um trabalho, de milhares de pessoas que são anônimas, que não estão aqui no palco, mas [reconhecemos] também a importância de um professor, de um merendeiro, de um vigia, porque todos têm a participação direta e indireta neste resultado. Este não é um resultado de uma escola, é o resultado da soma de todas as escolas que geram uma média”, pontuou.
Ideb – O Ideb, criado em 2007, reúne, em um só indicador, os resultados de dois conceitos equitativamente vitais para a educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. O índice é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). O cálculo e a divulgação são feitos a cada 2 anos pelo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao MEC.
No Pará, 100% das escolas estaduais de Ensino Fundamental foram submetidas às avaliações. Dos anos iniciais, 179 escolas estaduais paraenses foram selecionadas e 179 tiveram nota publicada. Nos anos finais do Fundamental, 346 foram submetidas à avaliação e todas tiveram a nota publicada. Já os estudantes de 658 escolas da rede pública estadual do Ensino Médio realizaram a prova, desse montante somente 68 escolas não tiveram suas notas de desempenho publicadas, porque não atingiram 80% de presença.
“Eu particularmente tô muito emocionado. A gente está muito feliz e orgulhoso com esse resultado, é o maior resultado da história do Brasil de crescimento da educação. O Pará está mostrando para o Brasil que dá pra gente melhorar. Crescemos 1,3 pontos, para vocês terem uma ideia, o segundo maior crescimento da história do Brasil é 0,7, quase a metade do que o Pará fez. Estamos na sexta melhor rede estadual do Brasil. E quando a gente olha a rede total, sétima melhor do Brasil, saímos do penúltimo e último lugar, ou seja, um crescimento consolidado. Crescemos mais na aprendizagem, mais no fluxo e [tivemos uma] maior taxa de participação, você vê em todos os aspectos que a rede estadual do Pará avançou. Temos desafios em apoiar as redes municipais; tenho certeza que a rede estadual do primeiro a quinto anos e sexto a nono anos, cresceram muito de resultado, a gente tem certeza disso, a gente vai estar divulgando para a imprensa e isso é fruto de muitos trabalhos, né? Desde entregar material, fazer reforço escolar, a gente tinha aula aos sábados, aula de contraturno, a gente teve aula em janeiro, por exemplo. Estudante que não tinha participado das aulas, a gente chamou de volta para a escola. Ou seja, não deixar ninguém para trás, foco na aprendizagem, naquilo que interessa, ter aula, ter o professor na sala de aula, ter tudo aquilo que a escola realmente precisa e agradecer. Esse resultado é de todos nós, a gente precisa comemorar muito e continuar avançando”, disse Rossieli Soares, secretário de Estado de Educação.
Políticas Públicas – O Pará tem sido o Estado que mais tem crescido nas avaliações do Ideb da atual gestão do executivo. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) estabeleceu uma agenda prioritária nos 144 municípios paraenses para reverter o cenário educacional, como: combate à evasão escolar, aquisição de material didático, físico e digital, intervenções pedagógica para melhoria da aprendizagem; reforço escolar, inserção do componente curricular educação ambiental, financeira, projeto de vida e projeto de convivência; escolas de tempo integral e inclusão de recursos tecnológicos nos espaços educativos.
Foi estabelecido, também, o sistema de bonificação com os programas como o “Bora Estudar”, que vai premiar 19 mil estudantes com um cheque de 10 mil reais em material de construção. E o programa “Escola que Transforma” com o pagamento 3,5 salários para os servidores das escolas que atingiram as metas pactuadas. O “Escola que Transforma” é um benefício para 100% dos trabalhadores da Seduc. Atualmente o Pará é o que paga o melhor salário médio do Brasil para professores.
Ainda de acordo com os dados percentuais do Ideb, todas as 12 Regiões de Integração do Estado tiveram escolas estaduais com melhoras nos índices educacionais. Desde 2019, o Executivo paraense tem materializado condições reais para que o estudante conclua o ciclo de aprendizagem em todas as etapas do ensino. Um total de, até o momento, 147 escolas foram reconstruídas, assegurando a qualidade na esfera ensino-aprendizagem e adequando à estrutura predial para as necessidades de docentes, discentes e servidores da educação paraense.
Informações: Agência Pará | Fotos: Alex Ribeiro