Zenaldo passa vergonha em entrevista e não consegue explicar os desmandos de sua administração.

Foi vexatória a participação de Zenaldo, ontem, em entrevista ao Jornal Liberal. Para começo de conversa, ele citou “demandas históricas” que a Prefeitura tem a enfrentar em Belém, a título de desculpa pela pífia administração da capital ao longo de sete penosos anos. A jornalista Priscila Castro citou o drama dos moradores da área do canal da Gentil Bittencourt, que apresenta queda de muretas e rachaduras que atingem as casas. Sem respostas, ficou com aquela cara de leso, como se nada tivesse a ver com o problema. Aí, como sempre, põe a culpa na natureza, nos efeitos da chuva, na conjunção dos astros. Embromação absoluta. 
Logo em seguida, foi confrontado com o problema da ponte Astronauta, no bairro Parque Verde, onde os moradores fizeram o trabalho que a prefeitura se esquivou de realizar. Queixando-se do abandono, a população pôs mãos à obra e improvisou uma passagem de madeira. Uma equipe da PMB foi ao local para avaliar e prometeu voltar na quarta-feira passada. Conversa fiada. Ninguém apareceu. 
O prefeito, cobrado na entrevista, chutou que o trabalho será feito na quinta-feira da próxima semana. A jornalista fez questão de perguntar: “Vai aparecer mesmo, prefeito?”. 
Afirmou que tem planejamento para “obras prioritárias” e jurou que está fazendo investimentos em toda parte, mas lhe falta tempo. Incrível: ao longo de sete anos, Zenaldo deu uma volta ao mundo e não encontrou tempo para cuidar da cidade. 
Sobre os três adiamentos de entrega do BRT, a choradeira de sempre: problemas de limitações financeiras. Na cara dura, insistiu que o sistema está pronto, esquecendo que é preciso fazer a integração. Rei da obra atrasada, disse que o PSM do Guamá terá um atraso de 10 dias para começar a funcionar. 
(RD)