O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, manifestou-se pela primeira vez sobre o fato de o estado do Pará não ter sido contemplado com o recebimento de novos lotes com doses extras de vacina contra o novo coronavírus Covid-19. Em resposta a uma dura intervenção do senador paraense Jader Barbalho (MDB), Pazuello disse no plenário do Senado, que a mesma reclamação do governo do Pará, endossada pelos Ministérios Públicos (do Estado, Federal e do Trabalho), vem sendo feita por alguns outros governadores.
De acordo com Pazuello, o critério básico considerado pelo Ministério da Saúde para distribuir os novos lotes de vacinas não leva em conta o número de habitantes de cada unidade federativa, mas a quantidade de integrantes de cada grupo prioritário considerado individualmente.Assim, de acordo com o Pazuello, a distribuição tem dado prevalência ao número de indígenas, de idosos e de profissionais de saúde, três segmentos prioritários fundamentais que precisam ser imunizados nesta primeira etapa de vacinação.
Depois das explicações, e não satisfeito com os esclarecimentos de Pazuello, o senador Jader Barbalho pediu uma questão de ordem e reforçou o questionamento, lembrando que não se referiu à proporcionalidade da distribuição da vacinas em relação aos 8 milhões de paraenses, mas apenas aos grupos passíveis de receber a vacinação neste primeiro momento.
Em relação a esses grupos, destacou Jader, o Pará é o último do Brasil, tendo recebido apenas 2,1% dos imunizantes distribuídos.”Não posso dizer agora para o senhor número por número, senador”, admitiu Pazuello, que prometeu fazer um levantamento com a equipe técnica do Ministério da Saúde e passar os números ao senador, o que foi feito cerca de meia hora depois. Pazuello recebeu os números, expostos em apenas uma lauda, mas não informou ao plenário o teor das explicações, sob a alegação de que eram muito extensas. Ele ficou, no entanto, de encaminhá-las a Jader.
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