O Poder tem demonstrado com o passar do tempo que é muito mais atraente e irresistível aos olhos dos políticos do que uma linda mulher. Aos encantos das mulheres, às vezes, os políticos conseguem resistir, porém da atração do Poder, eles jamais se libertam.
Talvez, aí esteja a explicação, porque mesmo velhos e doentes, os políticos não querem separar-se do Poder e, quando ficam dele afastados, tentam recuperá-lo a qualquer custo. Para os políticos o Poder não tem preço, e sua conquista ou preservação é uma questão de sobrevivência.
O caso em questão aqui se trata do velho Simão Jatene, ex-governador do Pará, e sua mais nova obsessão é conquistar a única vaga de senador pelo Pará, da qual o estado tem direito no ano que vem.
Em reunião realizada na manhã deste sábado, 28, em Belém, para definir “possibilidades” de candidaturas do PSDB no Pará nas eleições de 2022, alguns membros da cúpula tucana pré definiu os nomes de Flexa Ribeiro e Simão Jatene para concorrer aos cargos de governador e senador, respectivamente.
O conflito é que o PSDB recentemente declarou apoio à base de governo de Helder Barbalho (MDB) e definiu Manoel Pioneiro, ex-prefeito de Ananindeua como candidato ao Senado. A maioria dos prefeitos e todos os deputados tucanos já sinalizaram apoio à candidatura de reeleição de Helder Barbalho em 2022.
Embora hoje o PSDB esteja na base do governo Helder, o que por si só já seria um impedimento para Jatene e Flexa pleitear alguma coisa dentro do partido, segundo notícias que corre nos bastidores dos tucanos, é que Jatene lidera uma verdadeira rebelião dentro do PSDB contra outros caciques de dentro do partido para ser candidato a senador que agora inclui Flexa em seus planos.
Outro impedimento legal que Simão Jatene teria para alcançar seu mais novo objetivo de chegar ao poder, é que segundo a lei da ficha limpa ele está inelegível a qualquer cargo público por 8 anos, por ter tido suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado quando era governador, por ter deixado um rombo de mais de 1,4 bilhões nas contas do estado.
Posteriormente a Assembleia Legislativa do Estado confirmou tal condenação e manteve a condenação de Jatene.
Dito isso, podemos afirmar que Simão Jatene não será candidato a coisa alguma em 2022, sua obsessão ficará apenas na vontade. Jatene deveria ter um pouco de respeito pelos eleitores paraenses, ao invés de ficar alimentando uma candidatura que já nasceu morta e totalmente ilegal segundo a lei.
Uma coisa é certa. O ninho tucano tá pegando fogo. Agora é só aguardar até onde vai essa rebelião tucana.